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DARK SANCTUARY
Exaudi Vocem Meam Part 1
Peaceville – imp.
A banda francesa Dark Sanctuary foi fundada em fevereiro de 1996, já trazia a combinação de elementos Folk, Medieval e Neoclássico. A formação inicial contava apenas com Arkdae (teclados) e Marquise Ermia (vocais). Debutaram em com o mini CD intitulado Funeral Cry, com apenas uma faixa de quase 20 minutos de duração, lançado em 97 com uma tiragem limitada de 500 cópias. Em 98 Arkdae e Marquise convidaram Hylgaryss (teclado), Sombre Cÿr (percussão) e Eliane (violino) e passaram a integrar o Dark Sanctuary. Em seguida, veio o álbum Royaume Mélancolique lançado em abril de 1999 com nove faixas. E assim evoluiu a carreira da banda até chegar em Exaudi Vocem Meam Part 1. Mantendo a tradição das bandas Dark francesas, que tem elementos eletrônicos, Folk, medievais, as vezes celtas, gauleses e tudo o mais, o Dark Sanctuary, para quem ainda não os conhece, é um prato cheio para fãs de Opera Multi Steel, O Quam Tritis, Collection D’Arnell Andrea e tantos outros. Exaudi Vocem Meam - Part 1 tem onze faixas que deixam evidente o amadurecimento musical obtido ao longo dos anos, sendo sem dúvida, o melhor disco do grupo até hoje. As músicas estão mais extensas e trabalhadas. Exaudi Vocem Meam - Part 1 (assim como a parte 2 que foi gravada simultaneamente), trás o melhor do Dark Atmospheric. As letras são parte em inglês e parte em francês, dando mais classe à sua obra. A capa é um show a parte, lindamente sombria. O pessoal associa o termo tonalidade às várias nuances musicais de bandas deste estilo, então, temos várias tonalidades aqui. Desde vocais sussurrados até passagens melancólicas, violinos frios e guitarras celestiais, com vários toques sinfônicos e orquestrados. Sua música é cheia, dando-se a impressão de ser uma orquestra completa tocando. Ao contrario de bandas que cantam em alemão, como o Lacrimosa, o que deixa a sua música mais forte e agressiva, a suavidade da língua francesa é uma acalanto para os ouvidos. Mais do que recomendado, é obrigatório! AD – 9,5

Track list:
1. Ouverture
2. Elle et l'Aube
3. Dein Kalter Stein - Dark Sanctuary, Schwadorf
4. Memento Mei
5. Garden of Jane Delawney
6. Cristal
7. Mon Errance...
8. Mes Ennemis
9. Sortie du Cloitre
10. Des Illusions
11. Je M'En Irai

LIQUIDO
Zoomcraft
Nuclear Blast – nac.
A Nuclear Blast lança no Brasil o quinto álbum da banda alemã Liquido, intitulado Zoomcraft e apontado pelos críticos de seu país, o melhor e mais maduro de sau carreira até então. Mas atente-se ao fato de que, apesar da gravadora alemão ser especializada em Metal, o estilo do Liquido está mais para uma mistura de Rock’n Roll e Pop, sendo de um lado mais comercial mesmo. Claro, para quem está acostumado com o lado mais Metal do Rock, vai detestar, mas temos que convir que todos os lados do Rock, que tenham guitarra têm que ser respeitados, além do mais, quando se é bem feito como é o caso aqui. Eles debutaram em 98 com seu disco homônimo e depois de dez anos de sucesso em seu país, é hora de ganhar o mundo. Em Zoomcraft, a banda deixou o Rock um pouco de lado e acrescentou elementos da música eletrônica em suas músicas. O grupo formado por Tim Eiremann (voz e guitarra), Wolfgang Schrödl (voz, guitarra e teclados), Stefan Schulte Holthaus (baixo) e Wolle Maier (bateria) tenta inovar e se enquadrar na musicalidade contemporânea. Grande influência do Pop e da Dance Music dos anos 90 são sentidas aqui, muito até da House Music. Com certeza irá fazer muito sucesso nas pistas de todo o mundo, embora tenha uma pegada mais para a Dance da Europa do que a norte-americana. Sintetizadores a mil, onde a guitarra também participa, mas coadjuvando apenas. Zoomcraft é dividido em três climas diferentes, em que a banda chama de "zoomlevels": a parte um é mais densa, rápida, nervosa, bem Electro Rock; a segunda parte fica mais psicodélica, com muito dos anos 60 e 70 e momentos PSycho Dance dos anos 90 de bandas como Dee Lite entre outras. E a terceira e última parte é mais maneira, calmaria total, denominada de "cooldown". Tranqüila, com influências de New Age, Ethereal e até algo de Dark Folk. Temos um disco muito diversificado, e naqueles raros casos onde a banda atira para todos os lados e acerta em quase todos! Para fãs deste tipo de música, é um prato cheio! AD – 8,0

Faixas:
01. Zoomlevel 1.0 Acting Large
02. Drop Your Pants
03. A One Song Band
04. 2 Square Meter
05. Pop The Bottle
06. Beyond The Turmoil
07. On A Mission
08. Zoomlevel 2.0 Flying High
09. Hypocrite
10. Way To Mars
11. Gameboy
12. Mercury
13. Zoomlevel 3.0 The Afterglow
14. We Are Them
15. Best Strategy
16. Easy
17. Agree To Stay

PORTISHEAD
Third
Universal – nac.
Chegamos a mais um disco desta banda tão festejada dentro do chamado Trip Hop. Depois de mais de 10 anos sem lançamentos, o grupo chega com Third, com 11 faixas totalizando mais de 50 minutos. A banda liderada por Beth Gibbons e que conta ainda com Adrian Utley e Geoff Barrow vêem com tudo, mostrando que, apesar do estilo não estar mais na moda, como quando do surgimento do grupo, o Portishead lidera este tipo de música, que agrada fãs de New Age, Ethereal, Goth, Ambient e até Guitar e Alternativo. Claro, Third não vai mais chocar e balançar a cena como quando do surgimento do grupo, mas ainda empolga e as suas músicas emplacam. Em 94 lançaram Dummy, um disco que hoje já é clássico. A musicalidade soturna do trip-hop colocou a cidade de Bristol no mapa da música mundial, um local chuvoso, sombrio e climático. Aliás, cidades como Londres, Manchester, Liverpool, Seatle, Gotemburgo, Birmingham e entre tantas outras que têm este tipo de clima, são as que criam a melhores ondas musicas e as melhores bandas. Em 97 lançaram o segundo CD, Portishead, e em 99 encerraram as atividades com Roseland NYC. Apesar do longo hiato, a banda continua atual e presente na cabeça de todos e no coração de seus fãs. Eles nunca chegaram a anunciar o seu fim, sempre dizendo que lançariam um próximo disco. Este impasse gerou insegurança no grupo e fãs, temendo algo como o que ocorreu com o segundo disco do Stone Roses, que, quando saiu, com mais de cinco anos de atraso, perdeu a onda para o Oasis. E mais ainda, as comparações com o eterno e já clássico Chinese Democracy do Guns’n Roses, que está sendo composto há quase 15 anos e ainda não saiu. A capa é simples e á o único pecado do disco. Como poucos, conseguem ser ao mesmo tempo eletrônicos e orgânicos. Sua música é cada vez mais sombria, e a faixa Silence abre com uma narrativa em português (pasmem), como uma entoação de ritual. Sim, ao ouvir o disco, não ache que é erro, é a música mesmo. Olha que privilégio! Hunter lembra o som da banda nos anos 90. Nylon Smile tem uma batida tribal, hipnótica. The Rip é balada com voz violão descambando depois para o Electropop. Plastic tem um loop de bateria interrompido. No mínimo, pitoresco e excêntrico. We Carry On volta com as batidas tribais. Deep Water é só voz (e que voz) e bandolim (!), num clima quase celta e bem pagão. Machine Gun é a mais pesada do disco. Encerrando, as boas Small, Magic Doors e Threads. Third é mais um clássico, como tudo o que o grupo fez até hoje. Que não demore outra década pro próximo CD sair! AD – 9,0   

Faixas:
1. Silence
2. Hunter
3. Nylon Smile
4. The Rip
5. Plastic
6. We Carry On
7. Deep Water
8. Machine Gun
9. Small
10. Magic Doors
11. Threads

ATTRITION
At The Fiftieth Gale
Projekt / 2 Gods – imp.
Que bom que aos poucos, vamos tendo disponíveis em CD todos os discos lançados dos britânicos do Attrition. Agora temos o grande At The Fiftieth Gale de 88, auge do estilo Dark e quando começava a se chamar de Gótico, além do auge das bandas que começavam a misturar elementos eletrônicos em sua música, de forma sombria, a partir daí então, atraindo o público Dark para a sua apreciação. Aqui, em At The Fiftieth Gale temos elementos eletrônicos sim, mas nunca deixando o peso e a sujeira do Rock de lado. Aliás, o título deste CD é sugestivo, sombrio e funéreo: “para o Qüinquagésimo portão”. Tenso e agressivo, dando a menor importância para os detratores do Dance Rock com espessos synths, violões crus, elementos Dark misteriosos vocais. Sim, eles também soam celestiais as vezes. O sólido e multi-dimensional ritmo das faixas nunca lhe permitem capturar a respiração, exceto durante as duas passagens quase-synth orquestrais a abrir e (quase) fechar este álbum. A mesma banda foi responsável pela clássico Shrinkwrap há alguns anos atrás antes do “Qüinquagésimo portão”. Seu sentimento de tensão, dinâmica, está a definir esse disco. PR – 9,0

Track list:
Theme 1
Haydn (Or Mine)
My Friend Is Golden
Death Truck
Peacemaker
Two Miles Up
Milano (Auto-Italian)
Interlude
The History Man
Theme 2
The Fiftieth Gate
Haydn (remix)
Lady look now
Haydn (Biding Time)
Sideways glance
To the devil
Take Five
Shotgun Dream
Haydn (final session)

ANDERS MANGA
Blood Lush
Vampture Records – imp.
O bem recebido Anders Manga continua sua surpreendente libertação na seqüência de consecutivos álbns com Blood Lush, o mais bem produzido de sua carreira, bem como o mais bem acabado, onde ele pára de oscilar entre tantos gêneros e escolhe um em definitivo. Podemos encontrar influências desde Front 242 na parte mais EBM Old School (que é onde Anders Manga mais bebe), até o lado mais Industrial de Nine Inch Nails (de começo de carreira), Prong e Killing Joke (sem guitarras) com algo ainda de Ministry dos primórdios, soando mais melódico no entanto. A faixa-título é um delicioso tema dançante e pegajoso, nascida para ser um clássico. Outros temas acabam derivando, esquecendo de vez as guitarras e até senti uma pontinha do frio Kraftwerk em Taste Of Euphoria, me remeteu ao clássico Music Non Stop do disco Electric Cafe, numa versão mais moderna, atualizada, melódica e vocais que me lembram um misto de Marylin Manson com os de Ville Hermanni Valo do H.I.M. AD – 8,0

Track list:
1- Blood Lush
2- Taste Of Euphoria
3- At Dawn they Sleep
4- Tolerate
5- Sleeping (In the Fire)
6- Night of the Long Knives
7- Public Service Announcement
8- Science Fiction
9- I Cast You Out
10- 49 Snakes

ANDERS MANGA
Welcome To The Horror Show (2006)
Vampture Records – imp.
Bem vindo ao Horror Show" marca o terceiro álbum e por Anders Manga é destinado a tornar-se um grampo no segmento Dark história da música alternativa. His debut, "One Up for the Dying", arrived in 2005 with a sound and style that was distinctly gothic, yet painted upon a canvas of electronic dance instrumentation and arrangements.desculpe, mas não tenho como ler este título e não lembrar daquele disco do Kiss quando do retorno das máscaras, o Psycho Circus, onde no refrão de sua faixa-título se fala a marcante frase “welcome to the show”. Aqui você acrescenta a palavra horror à isso. Welcome To The Horror Show é mais melódico do que seu antecessor, Left Of An All-Time Low e pega mais pesado na parte eletrônica do que os demais também. Cadê as guitarras? Sendo assim, porque insistem em dizer que ele faz Dark e Goth Rock? Realmente em seu começo de carreira com o disco One Up For The Dying ele o fazia, junto com estes elementos cibernéticos e robóticos. Mas não faz mais não. A capa de Welcome To The Horror Show remete ao vampirismo e ao Gótico de fato, mas não se engane. De qualquer jeito, um bom disco de Dark Electro para sua coleção. AD – 8,0

Track list:
1- The Shrine
2- Welcome to the Horror Show
3- Beautiful
4- Them
5- Residual Fear
6- 5150
7- Here
8- Lovely Sort of Death
9- The Mercy Seat
10- You Should Be Dead By

ANDERS MANGA
Left Of An All-Time Low
Vampture Records – imp.
Anders Manga detonou na cena a partir de abril de 2004 em sua estréia solo com o de One Up For The Dying. Descrito como Darkwave, Gótico rock, Gothtronic, sua música sempre passeia pelo Goth e pelo ritmos mais dançantes da música obscura. Ele de forma solo já excursionou com The Cruxshadows, Bella Morte, Genitorturers e outras bandas que, sempre fazem referência ao Horror em sua música Dark. É isso mesmo, meus amigos, na Europa, Estados Unidos e Japão, existem festivais com milhares de pessoas presentes de todas estas bandas de todos estes estilos, enquanto no Brasil, a cena Gótica se resume a baladas com Open Bar, bandas covers e as mesmas músicas de sempre, numa batalha de egos entre muitos (não todos) DJ’s, promotores e etc. Anders Manga ainda angaria muitos fãs de EBM e demais ritmos eletrônicos, e este segundo disco Left Of An All-Time Low é o mais pesado de sua carreira neste aspecto, mais agressivo e menos melódico. Daquela corrente que se chama hoje de HIM EBM. Destaque deste disco (fico no dúvida se negativo ou positivo) para o cover de Mercyful Fate para Gypsy. Ficou engraçada e caiu bem para o estilo EBM, mas para os fãs de Mercyful Fate e King Diamond, irão querer pegar o cara. Imagina a música da banda de King Diamond em os seus agudos e totalmente eletrônica, com suas melodias feitas em sintetizador em vez de guitarras (não deixa o JCB saber disso, que ele vai ter um treco!). Considero este o disco mais fraco de sua discografia. AD – 7,0

Track list:
1- This Circle
2- Empire On the Sun
3- Mutiny
4- Gypsy
5- Bloodletting On the Kiss
6- Glamour
7- What's that Hell in your Heaven
8- Character in Charm
9- Innocence End
10- Bad Girls Go to Hell
11- Surrender

ANDERS MANGA
One Up For The Dying
Vampture Records – imp.
Álbum de estréia de Anders Manga, One Up For The Dying, é uma mistura de vários gêneros diferentes, a partir de Darkwave / Gótico / Electro / Synth / Dancefloor / Dark / Industrial / Ambient e por aí vai. Impossível classificar a sua música, que é sempre dançante. Imagine um “ponto G” entre Sisters Of Mercy, Depeche Mode, Marylin Manson, e tantas outras formações mais dançantes. Todas as músicas aqui apresentadas são melódicas e enérgicas, bem como bem escuras. Faixas como Solitary Heaven eShiver vão se tornar preferidas dos DJ’s de tão instantâneas que são, enquanto We Won't Stay Dead  está mais para um Gótico / Industrial. Eu primeiro ouvi falar de Anders Manga em vários sites gringos e não o conhecia, e é um imenso prazer por ter sua discografia em mãos agora. Em outros momentos sua música está Darkwave, mas é diferente da maioria das Darkwave comuns que já ouvi. One Up For The Dying soa cru se comparado com os seus sucessores, dos quais já ouvi e estou resenhando também. Mas ele é um dos mais Rockers de sua carreira, com muitas guitarras ainda. AD – 8,0

Track list:
1- We Won't Stay Dead
2- Solitary Heaven
3- Shiver
4- The Source
5- One Up for the Dying
6- Burn
7- Heart of Black
8- See Me in the Mirror
9- Processing A Monster
10- In the Open, In the Crowd

JESUS ON EXTASY
Beloved Enemy
Drakkar – imp.
Evolução é a palavra-chave, que parece ser a melhora quando se trata do segundo álbum de JOE. O cantor Dorian soa melhor em Inglês do que quando cantava em alemão, e Beloved Enemy soa melhor em muitos aspectos, em comparação com a estréia desta banda alemã. A faixa título foi lançada como uma única promoção, incluindo um remix com a banda do guitarrista Chai (que produziu recentemente um remix para a bandmate Ophelia 'Leandra' Dax), e teria sido uma excelente escolha única, mas, em vez da canção Stay With Me, co-escrito e produzido pelo alemão Chris Buseck, também cantor da banda Halogenpoeten e forte nome na Música Popular alemã. Seria MPA (Música Popular da Alemanha)? MPD (Música Popular Deutsch)? MPG (Música Popular Germany)? Foi caracterizado como primeira e única e este é mais um simples puro rock enquanto o álbum tem mais a oferecer. Ainda as letras de Dorian não são exatamente literatura e que parecem exprimir os pensamentos e sentimentos sobre o que está em si, entre jovens da multidão, e eu suponho que é lógica, mas há muito mais canções sobre este álbum como Change The World, Stuck, Lies, bem como a faixa título. A primeira impressão que esta banda era como lidar como ser um outro clone de Marilyn Manson, mas em Beloved Enemy eles estão deixando de ser uma caricatura, mas em ser sua própria banda, ainda em uma atmosfera que é filiado ao vampirismo freak e direcionada à adolescentes que tem trabalhar muito para que os seus pais não os condenem. Rock Gótico / Industrial com algumas influências Electro. PR – 8,0

Track list:
01 Beloved Enemy
02 Change The World
03 Direct Injection
04 Stay With Me
05 Break You Apart
06 Stuck
07 Lies
08 You Don't Know Anything
09 The Last day of My Life
10 Dead Presidents
11 Falling
12 Church of Extasy
13 Sometimes

DE/VISION
Noob
Drakkar – imp.
A primeira audição de Noob soa como um tanto indistinta. A primorosa produção arredondou as arestas do material inicial de Thomas e Steffen, de forma que as canções se distinguem apenas pelas sutilezas. Subkutan, o álbum anterior, apresentava claramente as experimentações: trip hop, electrominimal, Kraftwerk tinham lugar próprio em faixas bem distintas. Em Noob os estilos se dissolvem, e possuem uma coloração ainda mais oitentista do que os discos anteriores. E é bom, muito bom. Em vários momentos é revisitada a depuração extrema de um som arquétipo do Depeche Mode, como na faixa de abertura, onde as guitarras intervêm de forma elegante e com timbres deliciosos. Tive receio, entretanto, de que What You Deserve fosse uma reedição de Digital Dream, dado que a batida é idêntica; felizmente, não era. O restante do álbum segue com outras pérolas sedutoras e grudentas. Os detalhes de produção não são exibicionistas, e vale a pena ouvir o álbum no fone de ouvido e nos alto-falantes: os caras fizeram um trabalho tão bom que os meios criam dois discos diferentes. Por exemplo: os detalhes de See What I See só tornam-se efetivamente salientes quando são ouvidos em alto-falantes. Segundo a banda, o formato de produção deste álbum foi distinto, tendo a interferência do produtor antes do que vinha sendo praticado nos discos anteriores. Houve maior espaço para a criação dos vocais, intrincados e cuidados. As letras continuam medianas, e só comprometem no começo de What It Feels Like, que traz do caixão a fase pueril dos garotos de Essex, remetendo a People Are People, que só era boa porque tinha sido feita por alguns moleques espinhentos em 1982, de tão boba que é essa música, mas que ficou clássica. PR – 8,0

Track list:
01. What You Deserve
02. Obsolete
03. Nine Lives
04. Life Is Suffering
05. Death Of Me
06. Flavour Of The Week
07. Deep Blue
08. See What I See
09. Living Fast, Dying Young
10. The Far Side Of The Moon
11. What It Feels Like
12. The Enemy Inside

DPERD
Regalerò Il Mio Tempo
My Kingdom Music – imp.
E tome banda italiana, pela italiana gravadora My Kingdom Music. E olhe que deve ser o país que mais lança bandas e disco de Rock do mundo todo, ao menos, é o que mais nos envia CDs para resenha. Que bom. Esta banda é indicada para fãs de Mitra Medusa, Inri, e Grabesmond. Regalerò Il Mio Tempo prova que a cena musical italiana é uma verdadeira caixinha de surpresas. Logo na estréia, o coletivo Dperd cria um álbum de verdadeiro escapismo da realidade, que nos permite perdermo-nos num Darkwave profundamente romântico, hipnótico e melódico. Especialmente aconselhado a fãs de Cocteau Twins, Canann, Mira, Lycia, This Mortal Coil e Cranes. Algo de Ethereal se faz presente. Claro que existem algumas passagens que estão na linha de gruas e de Mira, mas deve ser mais atraente, e eu também perder algumas profundidade ao longo de todo o comprimento do álbum. Não existem comentários acerca da qualidade do CD, mas todo o álbum é tão grande no mesmo nível. A canção que captura a minha atenção é Il Buono Il Butto E L’Oscuro (sim, Dark Goth Rock Ambient Wave Etheral em italiano!) porque tem alguns desafios; eletrônico é mais do que o resto do CD e da percussão é muito bombástica, o grande destaque de Regalerò Il Mio Tempo. PR – 8,0

Track list:

1. Cuore Malato
2. Come Sara
3. Per tutto quello
4. Ali(de)
5. Il Buono Il Butto E L’Oscuro
6. Sogni Persi
7. Dimerica
8. Chiudo Gli Occhi
9. Piango
10. Regalero Il Mio Tempo
11. Stropicciala
12. Sogni Persi (performed by Nen.T.e)

NEON RAIN
We Are Meat The Vukltures
Steel Work Maschine – imp.
Entre o drone e o Power electronic, o Neon Rain caminha surfando com classe para uma estréia. Já em digipack, com uma bela e cristalina produção. Músicas bem lapidadas, atingem seu objetivo. Estilos como o Synth Pop, o Post Industrial aliados com Martial Dark, temos uma banda que de longe é original, mas de perto é bem legal e interessante de se ouvir. Em tempo, este disco homenageia Mathieu Charron, percursionista morto dia 20 de dezembro de 2007, com apenas 24 anos. RIP. AD – 8,0

CD1 : We Are Meat
01_We Are Meat Part 1 = 8.52
02_We Are Meat Part 2 = 15.07
03_We Are Meat Part 3 = 5.47
04_We Are Meat Part 4 = 4.48
05_We Are Meat Part 5 = 4.48
06_We Are Meat Part 6 = 6.14
07_We Are Meat Part 7 = 10.38

CD2 : The Vultures
01_Not One Inch (Prelude) = 6.31
02_We Are Apart = 2.58
03_Not One Inch = 7.05
04_By The Hands Of = 6.26
05_We Are The Words = 5.55
06_Face The Wall/Hurt Our Fists = 5.34
07_Erase = 13.13
08_No Man's Land = 8.25

RAPOON
Time Frost
Glacial Moviments – imp.
Robin Storey está de volta com o seu enésimo disco, mas o primeiro de 2007 se descontar Palestine, editado em parceria com Pacific 231. Para este Time Frost, Robin Storey criou uma situação imaginária, decorrente de um dos efeitos possíveis do aquecimento global: uma nova glaciação da Europa. Depois, num futuro distante, os arqueólogos teriam acesso a fragmentos de uma cultura passada, preservados pelo gelo e, após a descoberta, seguir-se-ia a interpretação. Time Frost utiliza este conceito e recorre a pequenos fragmentos de "Danúbio Azul" - lock grooves mais concretamente, retirados da banda sonora de 2001, Odisseia no Espaço – como ponto de partida para as cinco composições que integram o álbum, decorrentes da sua manipulação e re-arranjo. Time Frost é então um documento imaginário do processo mutacional do som aprisionado em glaciares, da sua transformação fantasmagórica no decurso de longos milênios. O som, apesar dos samples de música clássica, nada tem a ver com British Council em 2005. A granulosidade, o ruído do vinilo gasto e os loops curtos desmaterializaram de tal forma o material original que dele não resta mais do que uma impressão difusa. Tudo quanto se abarca são drones sobre drones, vagas etéreas de melodia em fluxo e refluxo, revelando uma imensa paisagem Antárctica, imponente e hostil, marcada apenas pela ação da natureza – luz, sombra, ventos e neves. PR – 9,0

Track list:
1. Glacial Danube (06:08)
2. Thin Light (06:13)
3. A Darkness of Snow (06:51)
4. Horizon discrete (05:36)
5. Ice Whispers (34:18)

NETHERWORLD
Morketid
Glacial Moviments – imp.
Abastecida a partir de fragmentos de som do Ártico, esta versão movimenta semelhante terreno para a Orb, Biosfera, ou, mais recentemente, Sleep Mecanismo de Investigação. Este balanço é em camadas gasosas com tons escuros que dissipam lentamente em quase silêncio, apenas com misteriosa de circulação de alguns desconhecidos de entidade, a mudança nas profundezas do cavernoso. A maioria das faixas são entre 8 e 12 minutos, em média, bastante tempo para chutar para trás temas envolventes, soporíficas estirpes de Netherworld. Bem vale a pena ouvir Morketid grande composição Ambient sem surpresas, embora competentemente manipulados. Expect dark expanses of looped tones and samples, choreographed into a compulsive mixture of otherworldly voice-overs, and dreamy rivulets. Esperamos extensões de tons escuros e de amostras, coreografada em uma mistura de compulsivo com over voices, e sonhadoras.Morketid paira meio caminho entre o Dark Ambient, e as puramente Abstracto, como looped tons estão recheados de nuances Industrial. raspadas, clanks inchamentos rítmica e expansiva. North Pole, um épico atmosférico, outro destaque. Indicados para fãs de Svartsinn, Sleep Research Facility. PR – 8,0

Track list:
1 Dreaming Arctic Expanses
2 New Horizons
3 Morketid
4 Jokul
5 North Pole
6 Virgin Lands

OOPHOI
An Aerial View
Glacial Moviments – imp.
Isso mesmo, para quem ainda não conhece, existe um movimento que adora a música Glacial, ártica, polar, névica, e iceberguica. Sim, a gravadora Glacial Moviments só lança músicas neste estilo, onde confesso ser muito difícil de se resenhar. Primeiro, por ser um estilo desconhecido para mim. Segundo, por ser música inteiramente instrumental. Terceiro, por não entender nada de musical polar e glacial, por mais que eu goste de frio, inverno e tal. Afinal, o clima polar é inimaginável para nós. Assim, há pouca diferenciação entre as bandas desta gravadora. Aqui temos um projeto meio esquimó, para fãs de Steve Roach, Alio Die e Mathias Grassow. Outra coisa, An Aerial View é composto de uma faixa só, a própria An Aerial View, com mais de 65 minutos de duração. Além disso, dentro deste movimento, An Aerial View é o CD inaugural das Würm Series, uma sequência paralela que a Glacial Movements vai dedicar a álbuns compostos por uma única faixa, tematicamente inspirados pela última glaciação européia. Para te situar, fãs de Progressivo, Ethereal, Dark Ambient e Dark Wave e só Ambient podem gostar, embora o estilo seja totalmente diferente, estando mais para o clássico do que para o Rock e Dark. Indicados para pessoas que tenham paciência para ouvir uma só música com mais de uma hora de duração. O termo "Würm" é a designação dessa glaciação, que terminou há cerca de 10 mil anos, e tem origem num rio dos Alpes onde ela foi primeiramente identificada. No ponto máximo dessa Idade do Gelo a maior parte da Europa era estepe-tundra, com a Escandinávia e Ilhas Britânicas sob uma camada de gelo, tal como a cordilheira dos Alpes, também sob campos de gelo e glaciares. PR – 7,5

Track list:
1- An Aerial View 65:07

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